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Ouro negro do Cerrado

Região de Minas é a primeira, no Brasil, a conquistar o status de Denominação de Origem. Qualidade traz mais reconhecimento para o café e profissionalização para os produtores.

Ao longo das estações climáticas bem definidas do segundo maior bioma brasileiro, é produzido um verdadeiro ouro. O café, considerado a segunda bebida preferida dos brasileiros – quase 83 litros por pessoa anualmente -, atrás apenas da água, movimenta cerca de R$ 7 bilhões por ano no país. Afinal, sai das terras brasileiras 33% da produção mundial de café. Das várias regiões produtoras Brasil afora, porém, o Cerrado Mineiro é ó único reconhecido com o status de Denominação de Origem, o que significa que o produzido colhido por lá tem características diferenciadas.

Englobando 55 municípios mineiros das regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Nordeste do Estado, o Cerrado Mineiro foi reconhecido em dezembro de 2013 pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) como região detentora do statusde Denominação de Origem.

Mas o que é preciso para conquistar esse importante status? No caso do café produzido no Cerrado Mineiro, o que o torna diferente dos demais é uma soma de fatores naturais e humanos. O clima da região, com estações definidas e um inverno seco, permite, por exemplo, que a secagem, feita entre os meses de maio e agosto, ocorra sem chuva, o que é ideal para manter a qualidade dos grãos e o sabor da bebida. A topografia também ajuda. O relevo, quase todo plano, favorece a mecanização das lavouras, otimizando o tempo de colheita e o manejo e permitindo que se produza em grande quantidade. Outra característica é o solo, antigo e de excelente condição para a produção de café. A preparação das pessoas para manejar a lavoura adequadamente e ter conhecimento necessário para melhorar a qualidade do produto também favorece a esse resultado.

O café da região já tinha o status de Indicação de Procedência, que marca o território onde foi produzido, e a Denominação de Origem chega para fortalecer a marca e atestar a qualidade do produto. Além disso, é uma forma de ampliar a presença do café no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos, no Japão e em países europeus, já clientes dos produtores do Cerrado Mineiro. Isso porque a definição de Denominação de Origem é mundialmente conhecida e respeitada entre os estrangeiros.

Esse conceito nasceu na Europa há cerca de dois séculos, quando produtos como o queijo parmesão, o presunto de parma e os vinhos ficaram famosos. Para evitar a pirataria, foram criados registros de propriedade a exemplo da Indicação Geográfica, Indicação de Procedência e Denominação de Origem, que são regidas por órgãos oficiais de cada país – no caso do Brasil, o INPI.

Padrão de qualidade

 E não basta estar localizado na região do Cerrado Mineiro para ser um produtor do café certificado. A seleção é rigorosa e a conquista desse status faz com que aqueles que estejam interessados em vender o seu produto mantenham um padrão de qualidade mínimo. Essa é a expectativa da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, que detém a marca do café da região.

O foco na qualidade reflete nos lucros. Em 2013, o café São Luiz produzido em uma das sete fazendas de Lúcio Veloso, em Carmo do Paranaíba, atingiu 89 pontos em uma escala que vai até cem e ganhou o Prêmio Região do Cerrado Mineiro. As sacas de 60 kg foram valorizadas em 150%. “Antes do concurso, vendia sacas de um café cru do mesmo tipo por R$ 400 a R$ 405. Depois, passou para R$ 1.000. Se esse mesmo café for torrado e moído, o quilo chega a custar R$ 50, e a saca sai por R$ 3.000”, conta o produtor. Ele revela, ainda, que o café escolhido para disputar o prêmio não foi produzido especialmente para essa finalidade. “Não analisamos ou degustamos, apenas escolhemos um café da fazenda que sabíamos que era bom. Isso comprova que todos os grãos que produzimos têm qualidade.”

O café São Luiz é vendido para os Estados Unidos, Japão, para uma torrefadora italiana, para várias famosas cafeterias brasileiras e já é finalista de um novo prêmio, desta vez em São Paulo, cuja final será em abril deste ano.

Qualificação contínua

 A conquista da Denominação de Origem é fruto de um trabalho intenso de estruturação da região, nos últimos quatro anos, realizado em grande parte pelo Sebrae Minas, parceiro dos produtores locais há 20 anos. Recentemente, a marca do café do Cerrado Mineiro foi revista, com o estabelecimento de regras claras para a conquista do selo e a definição de normas e procedimentos com as cooperativas, associações e Federação, além do reforço quanto à qualificação contínua dos produtores.

Um dos projetos de maior sucesso do Sebrae Minas no Cerrado é o Educampo. “Atuamos dentro da propriedade rural em parceria com cooperativas e associações e orientamos o produtor e seus colaboradores sobre a melhor administração do seu negócio”, explica Marcos Alves, analista do Sebrae Minas.

Cerca de 400 produtores são atendidos por 20 técnicos que fazem acompanhamento contínuo. Além disso, o investimento nos funcionários também é fundamental. “Tenho 52 colaboradores nas fazendas de Monte Carmelo, Estrela do Sul e Patrocínio e eles usufruem de treinamento. Infraestrutura e equipamentos modernos também são outros fatores importantes para a profissionalização do negócio e a gestão eficiente das lavouras”, conclui o produtor.

O Cerrado Mineiro e sua produção de café

55 municípios
4.500 produtores
5 milhões a 6 milhões de sacas por ano
170 mil hectares cultivados

Safra 2012/2013

Total: 6,231 milhões de sacas
Produtividade: 37 sacas/hectare
Área cultivada: 168.463 hectares
Área em formação: 25.650 hectares
Área irrigada: 64.693,93 hectares (38% da área cultivada)

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sebrae Minas
(31) 3379-9275 / 9276

Cachaça Salinas 2012 é premiada em concurso internacional de destilados, Spirits Selection 2014

Cachaça foi a única representante da região de Identificação Geográfica (IG) de Salinas a receber medalha e concorreu com mais de 200 das melhores marcas de cachaças de todo Brasil.

Com 28 anos de tradição e qualidade, a Cachaça Salinas tradicional acaba de ganhar o primeiro prêmio internacional: medalha de ouro no Concours Mondial de Bruxelles – Spirits Selection 2014, uma das mais importantes competições internacionais de destilados. As degustações às cegas aconteceram de 06 a 08 de junho, em Florianópolis. A Cachaça Salinas foi a única representante da região de Identificação Geográfica (IG) de Salinas a ser premiada e concorreu com mais de 200 das melhores marcas de cachaça do país. “A conquista dessa medalha é o reconhecimento da excelência da Salinas com o seu produto mais vendido durante toda a sua história. Além, é claro, da valorização da cachaça no mundo”, conta Thiago Medrado, diretor comercial do Grupo Salinas. “Ficamos muito felizes em saber que nossa cachaça agradou tanto a brasileiros como estrangeiros, já que o júri era composto também por profissionais de muitas nacionalidades diferentes”, completa. As disputadas e prestigiadas medalhas são reconhecidas no mundo todo e orientam as escolhas do consumidor.

A Cachaça Salinas Tradicional – mais vendida na região de Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro de acordo com pesquisa Nielsen – éenvelhecida em tonéis de Bálsamo. Com coloração clara, tem sabor suave e amadeirado. O envelhecimento é de três anos com graduação alcoólica de 42% vol. “Uma cachaça verdadeira, fabricada com as melhores matérias-primas, envelhecida em uma madeira brasileira e que continua a ser referência de qualidade mesmo após a chegada de inúmeros rótulos concorrentes no mercado”, ressalta Medrado.

Muito mais que sabores e aromas tipicamente brasileiros, o hábito de degustar a Cachaça Salinas possibilita saborear uma dose de exclusividade. Fabricada de forma artesanal e destilada em alambiques de cobre com alto padrão de qualidade, essa cachaça é fabricada na região de Salinas, considerada a “Capital Mundial da Cachaça”. A qualidade na fabricação da cachaça resultou na Indicação Geográfica (IG) de procedência, garantindo a diferenciação da cachaça produzida na região de Salinas, o que confere reputação e excelência.

Com investimentos em novos produtos, estudos de mercado e consumidor, o Grupo Salinas, detentor da marca Cachaça Salinas, investe no desenvolvimento de novos produtos para atender as demandas e até mesmo superar as expectativas dos apreciadores da cachaça, valorizando o portfólio de produtos da empresa.

 Portfólio

 A marca SALINAS tem um mix diversificado de produtos, desde a Cachaça Salinas Tradicional, até as edições limitadas envelhecidas por muito tempo, como por exemplo, 10 ou 15 anos. A linha de produtos da SALINAS está disponível nas melhores lojas, empórios edelicatessens de todo país:

 

  • Cachaça Salinas Lua Nova: envelhecida em tonéis de Umburana. Tem coloração dourada, com aroma característico e agradável e sabor adocicado. Envelhecimento de três anos com graduação alcoólica de 42% vol.
  • Cachaça Salinas Mix: primeira cachaça pura multidestilada exclusiva para drinks. Em 2013 a inovadora Cachaça Salinas Mix se tornou referência para o mercado. Salinas Mix é a versão da Cachaça Salinas com sabor refrescante e estimulante exclusiva para o preparo de shots e coquetéis, por exemplo. É perfeita para ser misturada com frutas, energéticos, refrigerantes e outras inúmeras possibilidades de combinações. Salinas Mix é uma cachaça artesanal multidestilada em alambiques de cobre com graduação alcoólica de 40% vol.

Salinas Séries

Para os apreciadores, a Cachaça Salinas brinda os mais exigentes paladares com uma variedade de cachaças envelhecidas em madeiras distintas: a linha Salinas Séries.

 

  • Cachaça Salinas Umburana: envelhecida em tonéis de Umburana. Tem coloração dourada, além de sabor e aroma suaves, leve toque adocicado com um toque de canela. Envelhecimento de dois anos e meio com graduação alcoólica de 42% vol.
  • Cachaça Salinas Bálsamo: envelhecida em tonéis de Bálsamo. Mesmo envelhecimento da Salinas Tradicional, mas como sabor mais consistente da madeira, moderadamente encorpada. Envelhecimento de dois anos e meio com graduação alcoólica de 42% vol.
  • Cachaça Salinas Cristalina: armazenada em dornas de aço inox, não envelhecida em tonéis de madeira. Tem sabor e aroma característicos da cana-de-açúcar. Armazenamento de um ano com graduação alcoólica de 40% vol.
  • Cachaça Salinas Carvalho: envelhecida em tonéis de Carvalho. Madeira que é referência de qualidade entre destilados. Sabor aveludado e aroma marcante com um toque de baunilha. Envelhecimento de três anos com graduação alcoólica de 42% vol.

Premiações

 A Cachaça Salinas é marcada por uma trajetória de sucesso e por premiações que conferem reconhecimento e destaque. Nos anos 80, a cidade de Sabará sediava o principal festival de cachaça de Minas Gerais, onde através de um concurso realizado pela AMPAQ – Associação Mineira dos Produtores de Aguardente de Qualidade – conhecedores e apreciadores selecionados elegiam, após o deguste das cachaças concorrentes às cegas. A Cachaça Salinas foi a vencedora nos anos 1987, 1988, 1989 e 1990. A partir daí foi considerada Hours Concours.

Em 2014 a Cachaça Salinas foi eleita pela 13a vez a cachaça mais lembrada pelos mineiros. Recebeu o XIX Prêmio Top of Mind – Mercado Comum – Marcas de Sucesso – 2013/2014 pela expressividade e liderança no segmento de cachaça. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Olhar de Pesquisa e Informação Estratégica. O título é baseado em um estudo com o principal objetivo de medir o grau de lembrança (recall espontâneo) das marcas de diversos segmentos de produtos existentes nos mercados. Dentre as marcas mais premiadas de Minas Gerais nos 18 anos de realização do Prêmio Top of Mind, a Cachaça Salinas já acumulou um total de 15 troféus.

Na edição do mês de março desse ano a revista SuperHiper, publicação da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados – apresentou o ranking de marcas que se tornaram referência para os supermercadistas de todo o país. O resultado das cinco marcas mais vendidas em valor, na categoria Aguardente de Cana (Cachaça), na Área 2 que compreende a região de Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro, auditadas pelo Instituto de Pesquisa Nielsen, apontou a Salinas como a cachaça artesanal mais vendida nesses mercados.

Grupo Salinas

 A origem da Cachaça Salinas começou em 1986 quando o salinense Heleno Medrado, um empreendedor dotado de paixão e visão na fabricação de cachaças artesanais, trabalhava com a família em seu empório vendendo produtos típicos da roça em um tradicional bairro de Belo Horizonte, capital mineira. Após um assalto, sobraram apenas as garrafas de cachaça, que Medrado vendeu de bar em bar. O comerciante percebeu o grande potencial de mercado para a cachaça artesanal e resolveu desenvolver a sua própria cachaça utilizando da melhor matéria-prima disponível, a cana-de-açúcar cultivada na região de Salinas. A marca iniciou suas vendas com apenas uma embalagem, a garrafa âmbar de 600 ml.

Em 2009, acompanhando as tendências do mercado, a empresa investiu no desenvolvimento de novos produtos e lançou várias Cachaças Salinas envelhecidas em madeiras diferenciadas: a linha Salinas Séries.

Com 28 anos de tradição e qualidade no mercado, a SALINAS se tornou referência de excelência no segmento e hoje é conduzida pela segunda geração da família.

 

Fonte: www.cachacasalinas.com.br
           www.spiritsselection.com

EPAMIG estimula produtores de azeite a registrar marca coletiva

 

(Maria da Fé 14.03.2014) – Olivicultores de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro darão início ao pedido de registro da marca coletiva “Azeite dos Contrafortes da Mantiqueira”. O nome destaca a região que reúne os três estados. A marca coletiva é uma estratégia para obter o registro de Indicação Geográfica, uma espécie de certificado de que o produto tem origem em determinado local, encaminhado em 2012 ao Governo Federal e que agrega valor ao produto de origem reconhecida.

No caso do azeite de oliva, o registro de origem será o primeiro no Brasil e na América Latina. “Vamos garantir e ampliar o acesso a mercados internos e externos, além de viabilizar a organização da produção e a busca do lucro coletivo”, afirma Marcelo Alves, coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG).

A Associação de Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive) destaca que a marca coletiva reforça a origem do produto, sem impedir que cada produtor tenha sua própria marca. “Somos 43 associados, em 50 municípios e a expectativa é processarmos 12 mil litros de azeite até o final dessa colheita que vai até abril”, diz Nilton Caetano, presidente da Assoolive.

Nos últimos dois dias, 13 e 14 de março, 150 participantes estiveram reunidos no 1º Encontro Tecnológico da Olivicultura dos Contrafortes da Mantiqueira, promovido pela EPAMIG, na Fazenda Experimental de Maria da Fé – referência em pesquisas de produção de azeitona e extração de azeite extravirgem no Brasil.

Os pesquisadores da EPAMIG mostraram aspectos técnicos sobre o ponto de maturação adequado da azeitona para processamento do azeite e preparo de conservas, extração de azeite de qualidade, olivicultura em Minas Gerais e a perspectiva desse mercado no Brasil. Já os técnicos do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) informaram sobre o processo de registro de marcas coletivas de azeite e do registro de denominação de origem, o qual certifica que o azeite foi produzido em determinado local. De acordo com Nilton Caetano, já existem três marcas individuais de azeites registradas produzidas na região dos Contrafortes da Mantiqueira, “a intenção dos produtores é unir esforços e registrar a marca coletiva para ampliar mercado”.

Para o empresário Luis Pazos que se enveredou nessa atividade há um ano, as expectativas são boas. “Iniciamos com o plantio de 200 mudas no início de 2013 e a partir da avaliação positiva da adaptação dessas plantas, introduzimos mais 2.000 mudas de oliveiras em propriedade familiar no município de Pouso Alto (MG). Luis conta que sua família é apreciadora de azeite, devido à descendência espanhola. “Nos próximos quatro anos vamos iniciar a extração com o objetivo de levar para o mercado um azeite fresco, de qualidade, com sabor diferenciado dos azeites que importamos”, idealiza. O empresário pretende expandir seu olival daqui três anos e no futuro produzir azeite orgânico.

A preocupação da EPAMIG é expandir o mercado assegurando a qualidade do produto, por isso, o pesquisador Luiz Fernando de Oliveira reforça que para se obter um azeite de ótima qualidade é muito importante o cuidado no transporte da azeitona. “Na caixa, os frutos devem ter, no máximo, 20 cm de lâmina. Alguns produtores amontoam 25 a 27 kg de azeitonas numa caixa só. Tudo isso influenciará na qualidade do azeite”.

Oliveira no Brasil

A EPAMIG é pioneira nas pesquisas em olivicultura, especialmente na seleção de variedades mais adequadas às condições brasileiras, produção de mudas de qualidade e no desenvolvimento de tecnologias para processamento de azeite extravirgem. Há mais de 30 anos essas pesquisas estão concentradas na Fazenda Experimental de Maria da Fé com resultados promissores para o desenvolvimento da cultura no Brasil.

O primeiro azeite extravirgem brasileiro foi extraído em 2008, na Fazenda de Maria da Fé. Em 2009 foi criada a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira, a Assoolive, que utiliza tecnologia desenvolvida pela EPAMIG para produção de azeite. No mesmo ano a EPAMIG importou uma máquina da Itália específica para extração do azeite. Em 2011 foram produzidos 500 litros. Em 2013 foram extraídos na região da Mantiqueira cerca de 5 mil litros. A expectativa é dobrar a produção de azeite em 2014.

 

Fonte: www.epamig.br

Indicação Geográfica agrega valor ao produto

O I Seminário Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas promovido pelo Sebrae, em Belo Horizonte, reuniu, nos dias 29 e 30 /10, experiências importantes de especialistas sobre o tema para produtores e donos de pequenos negócios. Hoje, o Brasil tem 41 Indicações Geográficas, sendo oito Denominações de Origem e 33 Indicações de Procedência.”O potencial que o Brasil tem para ampliar o número de indicações geográficas é muito grande e o Sebrae tem que dar visibilidade a essa estratégia de agregação de valor”, afirma o gerente de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional, Ênio Pinto.

O café com denominação de origem foi o tema das palestras da manhã desta quinta-feira (30). Representando a Federação dos Cafeteiros Colombianos, Karen Villega mostrou a importância do produto que é o principal item de exportação na Colômbia, onde 563 mil produtores cultivam 921 mil hectares. O café colombiano conquistou o mercado internacional com a criação da marca de origem. “A maioria são pequenos produtores com propriedades de cinco hectares em média”, informou Villega.

“O potencial que o Brasil tem para ampliar o número de indicações geográficas é muito grande e o Sebrae tem que dar visibilidade a essa estratégia de agregação de valor” Ênio Pinto – gerente de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebra

No Brasil, a única região produtora de café com Denominação de Origem é a do Cerrado Mineiro, que reúne 4.500 produtores distribuídos em 55 municípios. A busca pelo registro começou quando um grupo de japoneses manifestou a disposição de comprar o café da região, mas exigia garantias de qualidade e procedência. Hoje, o Cerrado Mineiro exporta para o mundo inteiro e é o maior fornecedor de empresas como Nespresso e Starbucks. “Não vendemos café, vendemos o Cerrado Mineiro”, afirma Juliano Tarabal, superintendente de Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que abriu a rodada de palestras.

Minas Gerais, que sediou o seminário, é o segundo estado em número de registro de Indicações Geográficas – ao todo são sete – perdendo apenas para o Rio Grande do Sul, que tem oito, a maioria de regiões produtoras de vinho. A produção da Serra da Mantiqueira também tem selo de origem e o Sebrae apoia o registro do café da região das Matas de Minas junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial. “Nosso papel é orientar grupos de produtores, identificando seus propósitos para determinar o diferencial que, na verdade, é a própria origem dos produtos”, explica Priscilla.

Para o presidente da Cooperativa de Pescadores Artesanais do Médio e Alto Rio Grande Negro, João de Souza Freitas, o seminário mostrou a dimensão do que significa registrar a origem do produto. A região conquistou o registro da Indicação de Procedência há menos de dois meses. “Eu não fazia ideia da força que tem a indicação de procedência para abrir mercados. Não queremos só vender, queremos garantir preços bons também”, defende Freitas.

O Sebrae trouxe para o seminário outros especialistas internacionais, como o espanhol Enrique Garcia, representante do Azeite Montes de Toledo.Ele falou sobre o desenvolvimento da região produtora que passou a produzir agregando mais valor com a denominação de origem.” Procuramos associar a marca Montes de Toledo a conceitos como seriedade, qualidade e de produto agradável”, explicou Garcia.

O indiano Chandler Lall, da Lall & Sethi Advocates, de Nova Deli, mostrou a experiência da Índia que tem mais de 223 registros de origem para chás, temperos e principalmente artesanato. “Sabemos que 40% dos consumidores da União Européia estão dispostos a pagar um preço maior por um produto especial”, destacou o indiano. Segundo ele o vinho francês com apelação de origem controlada chega a alcançar preço 230% superior aos produtos que não tem.

A trajetória dos produtores do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, também foi mostrada durante o seminário. A região foi a primeira a registrar a Denominação de Origem (DO) para a bebida e hoje exporta para 35 países. O Vale reúne 26 vinícolas e agrega 44 empreendimentos que exploram o enoturismo. Para o produtor Flavio Pizzato, um dos palestrantes do evento, o mais importante de conquistar a DO é que o esforço comercial para vender o produto é reduzido. “Nós estimamos que 70% da produção das pequenas vinícolas seja vendida na própria região. O consumidor vai até onde nós estamos e isso ajuda a promover o desenvolvimento da região também”, esclarece Pizzato.

Outro destaque do Seminário Internacional de Indicações Geográficas também veio do sul. Os doces de Pelotas que tem Indicação de Procedência foram oferecidos no fim do primeiro ciclo de palestras aos participantes que se juntaram ao redor da mesa para a degustação. Foi a melhor forma de mostrar porque o produto que tem origem pode conquistar rapidamente o consumidor.

 

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

III Simpósio Internacional de Indicações Geográficas

O III Simpósio Internacional de Indicações Geográficas, a ser realizado de 18 a 21 de novembro de 2014, no Centro de Convenções de Ilhéus/BA, será apresentado e discutido o panorama mundial geral, especialmente, econômico e social de IGs com o intuito de estimular o surgimento de outras potenciais IGs, ampliar e atualizar as discussões internacionais sobre sustentabilidade e proteção internacional ao nível nacional e local e colocar em pauta a posição real do nosso país frente a essas discussões. Em paralelo ao III SIIG, será realizada a 1ª Feira Interativa de IGs Brasileiras (1ª FIIG) para a divulgação das IGs brasileiras concedidas pelo INPI e a FEIRA ORIGEM BAHIA.

Cachaça de Paraty

Produzida desde o Século XVII, a história da Cachaça de Paraty, uma das maiores especialidades nacionais, se entrelaça à história do Brasil Colônia e do Brasil Império. No Século XVIII era usada como moeda na aquisição de escravos. Desde aquela época, já era exportada para a Europa e bastante apreciada como aperitivo. Os produtos da Indicação de Procedência (IP), conquistada em 2007, são a cachaça, a cachaça envelhecida, a cachaça premium e a aguardente da cana composta azulada.

Fruto de uma cultura secular e das mais tradicionais do Brasil, a Cachaça de Paraty caracteriza-se pela produção artesanal de origem familiar. Entre os produtos com Indicação de Procedência-IP, estão a cachaça, a cachaça envelhecida, a cachaça Premium e a extra premium e a aguardente de cana composta azulada.

A produção obedece às regras do Conselho Regulador da Associação dos Amigos e Produtores de Cachaça de Paraty (Apacap), cuja principal recomendação é para que a cana-de-açúcar seja produzida respeitando-se parâmetros ambientais e sociais.

O sistema de produção dos canaviais deve estar de acordo com as técnicas de plantio, adotando práticas mitigadoras dos impactos ambientais, em especial a reutilização dos subprodutos. Os produtores devem observar o correto ponto de corte da cana e sua moagem até 48 horas após, usar leveduras naturais na fermentação, fazer relatórios anuais de produção, entre outros procedimentos.

Características ideais

Localizada no litoral sul do Rio de Janeiro, Paraty possui um clima tropical quente e úmido, com temperaturas anuais que variam de 12°C a 38°C. o verão quente e chuvoso com alta umidade relativa do ar, seguido de um inverno frio e seco, faz com que o município reúna condições ideais para o plantio da cana-de-açúcar. As características desse microclima influenciam no comportamento da cultura e no processo de fermentação do mosto, resultando numa bebida destilada diferenciada.

A baía de Paraty possui relevo acidentado da Serra do Mar, composto tanto por montanhas com grandes vales, quanto por planícies com várzeas extensas e férteis. é recortado por diversos rios. Essa abundância de água foi, na era colonial e imperial, o combustível fundamental para girar as rodas d’ água que moem a cana.

Produção artesanal

A produção de cachaça de Paraty é artesanal e mantém as práticas e a forma de produção tradicionais, mas os alambiques possuem equipamentos modernos. A cachaça produzida é encorpada, com um buquê que lembra o bagaço de cana e sabor agradável, com o ardor característico da cachaça, sem agredir o paladar. A Indicação Geográfica – IG contribuiu para dar novo alento à produção de cachaça na região, especialmente porque o roteiro turístico local passou a incluir a visitação aos sete alambiques certificados. A cidade histórica também promove, anualmente, em agosto, o Festival da Cachaça, Cultura e Sabores de Paraty.

 

 

Informações
Associação de Produtores e Amigos da Cachaça Artesanal de Paraty
Endereço: Rua José Vieira Ramos, S/N | Cidade: Paraty/RJ | CEP: 23.970-000
Site: www.apacap.com.br
Telefone: +55 24 3371-0016
Email: apacap@oi.com.br / contato@apacap.com.br

 

Fonte: A Lavoura Edição Nº 702/2014

II Prêmio Região do Cerrado Mineiro

Coordenado pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, serão premiadas as melhores amostras de café Arábica do ano/safra 2014/2015, nas categorias Café Natural e Café Cereja Descascados e Despolpados/Desmucilados. Os finalistas serão anunciados no evento de Premiação em 30/10/2014, na cidade de Uberlândia, MG. Mais informações no site da Região do Cerrado Mineiro.

Café da Região do Cerrado Mineiro

A Região do Cerrado Mineiro é uma origem produtora de cafés diferenciados. Em 2014, recebeu a primeira Denominação de Origem (D.O) para café no Brasil. Abrangendo 55 municípios localizados no noroeste do Estado de Minas Gerais, conta com 4.500 produtores trabalhando juntos na produção do “Café de Atitude”.

Couro acabado do Vale do Sinos

Diferentemente de outras Indicações Geográficas que têm o ambiente como grande diferencial, neste caso, o conhecimento instalado no Vale do Sinos — da arte de trabalhar o couro — é que fez a diferença e transformou a região em referência internacional na produção de couro acabado.

O couro acabado do Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul, é a primeira Indicação Geográfica-IG de um produto industrial brasileiro e o único couro certificado no mundo. A certificação abrange 44 municípios da região, que obedecem à uma produção industrial altamente controlada.

As normas rígidas visam à qualidade e incluem, desde o recebimento da matéria-prima, até o produto final. os vários tipos de couro produzidos e acabados do Vale do Sinos são utilizados para a confecção de calçados, vestuário, estofamentos etc.

A regulamentação da produção passa a ter referências em normas técnicas nacionais e internacionais, que protegem o produto nos mercados interno e externo, e seguem rígidos padrões de controle ambiental. Regras que também otimizam os processos de produção das indústrias, gerando ganhos e promovendo qualidade. Sete empresas, que geram 550 empregos diretos, estão autorizadas a exportarem o couro com IG.

Procedência 
Registro IG 200702 INPI Indicação de Procedência/2009
Área Geográfica Delimitada: 1.398 km2
(44 municípios da região metropolitana de Porto Alegre)

Flexibilização

Segundo o presidente da Associação das indústrias de Couro do Rio Grande do Sul (Aicsul), Moacir berger de Souza, as regras rígidas têm impedido o crescimento da certificação no vale do Sinos. “Estamos tentando junto ao MAPA flexibilizar um pouco as regras a fim de facilitar a entrada de outras, entre as 100 empresas estimadas na região, mas com cuidado para não prejudicar os pioneiros nesse processo, que tanto lutaram por esse diferencial”, diz Moacir Berger. Segundo ele, pesquisas recentes de mercado revelaram que o consumidor ainda não sabe o que é uma IG, nem mesmo seu valor, o que demonstra a necessidade de mais divulgação.

Colonização alemã

A produção de couro acabado do Vale do Sinos tem suas origens na imigração alemã, iniciada em 1824, no Rio Grande do Sul. O contingente de imigrantes era composto, em sua maioria, por artífices — alfaiates, tecelões, sapateiros, seleiros, curtidores de couro, marceneiros e carpinteiros. Aliado a isso, o Rio Grande do Sul possuía, então, o maior rebanho bovino do país.

A demanda de mercado, impulsionada pelas guerras do século XIX e pela instalação da indústria calçadista no século XX, levou ao aperfeiçoamento da atividade produtora de insumos: a indústria de curtumes. Essa mão de obra qualificada foi fundamental para a consolidação da atividade coureira na região, uma IG baseada na arte do saber fazer.

O Brasil é um dos maiores fabricantes de couro do mundo, atrás apenas dos Estados unidos e da união Europeia. A indústria de elaboração de couros e peles bovinas agrega aproximadamente 800 empresas, que processam cerca de 40 milhões de peles por ano. O setor coureiro riograndense é composto por mais de 100 indústrias, que geram 13,7 mil empregos diretos. Em 2013, faturaram, juntas, uS$ 1,2 bilhão com a venda de insumos para a indústria moveleira, automotiva, vestuário, artefatos e calçados, entre outras.

 

 

Informações
Associação das Indústrias de Cortume do Rio Grande do Sul – AICSUL
Endereço: Rua Lucas de Oliveira, 49/801 | Cidade: Novo Hamburgo/RS | CEP: 93510-110
Site: www.aicsul.com.br
Telefone: +55 51 3273 9100
Email: aicsul@aicsul.com.br

 

Fonte: A Lavoura Nº 701/2014

Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional

“Oferecemos um produto com garantia de origem, agregamos valor aos associados, incentivamos a pesquisa em pecuária de corte, desenvolvemos ações que promovem a preservação do pampa gaúcho da campanha meridional, e ainda é possível estimular o turismo na região”, destaca Severo, ao definir que esses são os principais objetivos da Apropampa.

Produzida exclusivamente a partir das raças Angus e Hereford, ou do cruzamento entre elas, sob regime de criação extensivo de pastejo em áreas naturais, a carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional é a única produzida no Brasil com Indicação de Procedência (IP).

Considerado um dos ecossistemas mais importantes do mundo, com temperatura média de 18°C, o Pampa oferece alimentação natural de qualidade aos animais dos rebanhos, que são rastreados e certificados. Os campos de relevo plano e levemente ondulado, conhecidos como coxilhas, e as várzeas baixas e úmidas pontuadas por matas ciliares, oferecem mais de 400 espécies de gramíneas e acima de duas centenas de leguminosas para a alimentação do gado.

Procedência

Registro IG 200501 INPI Indicação de Procedência/2006
Área Geográfica Delimitada: 30.000 km2 (11 municípios do Sudoeste do Rio Grande do Sul)
Altitude: inferior a 500m

Missões jesuíticas

Tradição iniciada nos tempos da colonização, a pecuária extensiva do Pampa foi introduzida pelos Jesuítas, em 1634, e é considerada uma das atividades agropastoris mais antigas do continente. De clima temperado, sua latitude, altitude e fertilidade natural dos solos são únicas no mundo, favorecendo o crescimento de espécies naturais de crescimento estival e hibernal. Ao longo do tempo, passados os ciclos do couro e do charque, os últimos 50 anos foram marcados pelo desenvolvimento da indústria frigorífica. Com suas roupas típicas e tendo o cavalo como seu principal aliado, o gaúcho tornou-se praticamente sinônimo de excelência na lida no campo e na pecuária de corte.

Fundada em 2006, a Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional (Apropampa), reúne 109 associados, que juntos somam um rebanho de aproximadamente de 150 mil animais. Para o presidente da associação, José Carlos Paiva Severo, produzir sem agredir o meio ambiente, de maneira sustentável e utilizando os recursos naturais de forma eficiente, garante ao produto características ímpares.

O estudo que atesta a qualidade da carne do pampa gaúcho da campanha meridional levou em conta vários aspectos como tipo de vegetação natural, solo e raças bovinas. Por isso, apenas o gado produzido em uma determinada área, pode ter sua carne certificada. Os municípios que a indicação abrange são Aceguá, Bagé, Caçapava, Candiota, Dom Pedrito, Herval, Hulha Negra, Lavras do Sul, Pedras Altas, Pinheiro Machado, Rosário do Sul, Santa Margarida do Sul e Santana do Livramento. Segundo Severo, o rígido controle da produção é o que garante que a associação possa oferecer carne de qualidade reconhecida internacionalmente. “o manejo bem ajustado, que segue as diretrizes apontadas pela associação, nos dá a certeza de que o produto final vai ser realmente superior”, aponta.

Bônus aos produtores

Desde janeiro de 2010, a Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional mantêm um convênio com o Frigorífico Marfrig, que paga de 1 a 2% de bônus aos produtores que fazem parte ou aderirem ao Marfrig Club. o Regulamento de Produção obedece a um rígido controle de qualidade, que impede diversos produtores de participar do projeto. Para atenuar este problema, a associação está propondo ao INPI mais liberdade, para que o Conselho Regulador possa decidir sobre as alternativas tecnológicas a serem adotadas pelos produtores. O objetivo é possibilitar o aumento do volume de animais a serem negociados com a indústria e, consequentemente, ampliar a oferta dessa carne diferenciada para o consumidor.

Rastreabilidade

Inserida inicialmente no regulamento de produção, a necessidade de utilização do sistema oficial de rastreabilidade (SISBOV) dificultou a identificação dos animais, desde o produtor até o consumidor. Diversas mudanças e ajustes no SISBOV dificultaram a venda de animais rastreados pelos produtores. Atualmente, o sistema já está mais consolidado e sendo utilizado apenas para os animais de exportação. Outra estratégia comercial deverá ser definida para o Brasil, disponibilizando novo sistema de rastreabilidade, a ser utilizado para garantir a origem do produto para o consumidor.

Segundo dados da Marfrig Club, dos mais de 373 mil animais recebidos em 2013, das 1775 empresas associadas, 90,8% receberam bônus por atende em aos pré-requisitos estabelecidos pelas associações de Angus e Hereford&Braford em seus programas de carne certificada.

Reconhecimento internacional

Um grande reconhecimento da indicação de Procedência Pampa Gaúcho da Campanha Meridional foi dado pela BirdLife International, por meio da SAvE Brasil, dentro do projeto da Alianza del Pastizal. A Alianza del Pastizal é uma iniciativa da BirdLife através da SAvE Brasil, Aves Argentinas, Aves uruguai e Guyra Paraguai para a conservação dos campos nativos do Cone Sul da América do Sul.

Como o objetivo da APRoPAMPA é a produção de carne de forma sustentável, utilizando os campos nativos da região, a SAvE Brasil e a Alianza del Pastizal iniciaram um trabalho em conjunto para a identificação das práticas produtivas e seu impacto na avifauna local. Foram identificadas, nas áreas utilizadas por associados da Apropampa para produção de gado, mais de duzentas espécies de aves, entre elas cinco ameaçadas de extinção. Isto comprova que a pecuária de corte é uma aliada da conservação do meio ambiente.

Capacitação

O Sebrae é um importante parceiro da Apropampa na capacitação dos produtores por meio de viagens nacionais e internacionais para conhecer as iniciativas, cursos, palestras, seminários, visitas a produtores e contato com diversos órgãos governamentais e instituições. A Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos internacionais do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, posteriormente, também apoiou na realização de visitas a campo, na promoção de dias de campo e seminários com o objetivo de captar novos produtores à associação. A SAVE Brasil, dentro do projeto Alianza del Pastizal, igualmente apoia a Apropampa, disponibilizando um técnico e um automóvel para o desenvolvimento das atividades da associação. A Embrapa Pecuária Sul fornece suporte técnico de pesquisadores e a universidade Federal do Rio Grande do Sul (uFRGS), desenvolveu as pesquisas e delimitou as áreas de produção, que consideraram a história, tradição e cultura, ambiente, produto e sustentabilidade.

Especificações

Segundo o Regulamento Técnico de qualidade da indicação de Procedência da Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, em seu artigo 10, os animais (machos castrados e fêmeas) devem ser abatidos com até 42 meses de idade, comprovados por rastreabilidade, correspondente à arcada dentária com seis dentes, sem queda nos cantos. O acabamento de gordura deve ser de, no mínimo, 3mm para machos e fêmeas; a conformação da carcaça — parâmetro obtido através da verificação dos perfis musculares, que definem a região da carcaça — pode ser convexa, subconvexa, retilínea e subretilínea. Não são aceitas carcaças côncavas.

 

 

Informações
Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional- APROPAMPA
Endereço: Av. Portugal, 495 | Cidade: Bagé/RS | CEP: 96.400-00
Telefone: +55 53 3242-8888
Site: www.carnedopampagaucho.com.br
Email: contato@carnedopampagaucho.com.br

 

 

Fonte: A Lavoura Nº 700/2014